Nas edições anteriores do Deck Tech vimos os dois principais baralhos agressivos do ambiente. Eles costumam ser populares pois são fáceis de jogar, apresentam sinergia entre cartas e são rápidos quando o assunto é finalizar o oponente. A classe do Xamã, por outro lado, exige que o usuário lide com alguns sacrifícios consideráveis, mas oferece ótimas opções para conter os decks de Caçador e Bruxo que tanto dominam o ambiente. Apesar de serem cartas com Sobrecarga (a quantidade de Sobrecarga significa o número de cristais de mana que você não terá disponível no próximo turno), opções como Espírito Feral e Tempestade de Raios são o pior pesadelo de um deck agressivo.
Essa é a constante pergunta que você deve fazer para você mesmo! O ponto-chave para o sucesso desse baralho é saber quando exatamente usar cada uma de suas remoções. A sua proposta é chegar ao que chamamos de late-game, ou seja, aos turnos em que você terá de oito a dez cristais de mana para utilizar no turno.
Analise cada turno que o inimigo passa para você. As suas remoções de alvo (spot removal) devem ser bem utilizadas. Raio e Choque Terreno não são feitas para serem utilizadas na primeira criatura que o oponente coloca na mesa. Apenas use a Bagata naquilo que você realmente não consegue lidar, em criaturas com grande impacto no jogo, como Tirion Fordring, Comandante Argênteo e Sylvana Correventos. Essas remoções são importantes para tirar aquilo que você não consegue remover em massa, com Tempestade de Raios. O importante é criar uma situação em que você consiga demorar o máximo possível para utilizar suas remoções em massa. Ao destruir quatro ou cinco criaturas com uma única magia, a vantagem que você cria sobre seu oponente é gigantesca.
Fazendo um bom uso do seu Poder Heróico, você consegue desviar a atenção do seu oponente para os totens, prevenindo um bom número de pontos de vida que podem ser a diferença no final do jogo. Quanto menos você apanhar no começo e conseguir estabelecer um controle sobre o campo de batalha, mais impactante serão o seu Elemental de Fogo e Ragnaros, o Senhor do Fogo.
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Cada carta tem um propósito, sua missão! Draco Lazúli não está na lista só para bater quatro de dano, ou porque ele é um dragão, ou porque, sei lá, ele é azul. Ele tem total sinergia com todas as suas magias que causam dano em criaturas e oponentes. Ele serve como uma ameaça para o oponente, já que ele se vê obrigado a lidar com o lacaio. O lagarto chama a remoção do adversário se você tiver o controle de mesa. Agora, se você jogar ele em qualquer situação e o adversário não encontrar muitas dificuldades para tirar ele do campo, parabéns! Você pagou cinco manas para comprar uma carta!
Ao mesmo tempo que a sinergia torna esse baralho competitivo, ela também é considerada uma fraqueza. As compras a cada turno podem sempre ser um problema se você não achar o que você precisa. Isso torna essencial a sabedoria na hora de usar cada remoção, criatura ou equipamento. Esse baralho é difícil de jogar para quem não está acostumado com a classe. Você deve pensar neste e no próximo turno antes de jogar qualquer carta. A sobrecarga estraga jogos quando você esquece dela.
Outro ponto fraco que se deve considerar é o baixo número de lacaios. Se não contarmos Espírito Feral, temos menos de 50% do deck composto de criaturas. Para Hearthstone, é um número baixo. Considerando que algumas delas são utilizadas para outros fins que não são pressionar os pontos de vida do oponente (como é o caso da Gosma Ácida do Pântano), o número efetivo de lacaios para finalizar o oponente fica menor ainda. É sempre importante ter o controle da mesa antes de jogar suas principais criaturas. Não desperdice!
Martelo da Perdição está lá por um motivo! Dê preferência para usar Raio ao invés de Arma Trinca-Pedra, se ambas cartas estiverem na sua mão.
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Segue a lista do deck com as informações de como adquirir cada uma das cartas necessárias (kit básico inicial do jogo, destravada subindo de level com a classe ou a quantidade de Pó Mágico necessária para criá-la).
2x Arma Trinca-Pedra (Xamã Level 10) // 2x Choque Terreno (40) // 2x Raio (40) // 1x Machado Tempestuoso (40) // 1x Gosma Ácida do Pântano (kit básico) // 1x Totem de Labaredas (Xamã Level 10) // 2x Bagata (Xamã Level 10) // 2x Espírito Feral (100) // 2x Tempestade de Raios (100) // 2x Elemental Desvinculado (40) // 1x Totem de Vagalhão de Mana (100) // 2x Defensor de Argus (100) // 2x Mestre Escudeiro Sen'jin (kit básico) // 1x Martelo da Perdição (400) // 2x Draco Lazúli (100) // 1x Leiloeiro de Geingontzan (100) // 2x Elemental de Fogo (Xamã Level 10) // 1x Caerne Casco Sangrento (1600) // 1x Ragnaros, Senhor do Fogo (1600)
Custo Total = Xamã Level 10 e 4880 de Pó Mágico
Minha política em cada Arena que eu participo é: nunca terei remoções demais! Claro que você não quer uma chuva de remoções em massa. Mas nunca é ruim garantir uma boa quantia de remoções nas primeiras 15 escolhas. Como Xamã, você sempre vai querer o maior número de Elementais do Fogo também. Afinal, ele é uma remoção com pernas!
A base do deck é muito forte para levar a proposta para a Arena. Apenas pense em encaixar mais criaturas do que magias. Afinal, este baralho foi desenhado para o meta-game atual em Hearthstone. Sendo assim, como os oponentes que você enfrentar na Arena são sempre imprevisíveis, nunca descarte as escolhas que sempre se mostram consistentes, como Malabarista de Facas e Yeti Ventogelante.